Não sei bem o que escrever depois deste ponto. Faz tempo que tento passar da primeira linha e escrever algo - no mínimo - interessante, mas na verdade nada me parece suficiente. Acho que perdi o ritmo de escrever, esse pique pra passar as ideias da cabeça pro papel ou no caso, rascunhos do blogger.
A verdade das verdades é que não tenho tentado suficiente, vontade me sobra, mas mesmo assim não consigo. Posso morrer de vontade e ainda assim não correr atrás. Sofro de preguiça crônica, um mal terrível que não desejo a ninguém.
Parte da culpa, se é que posso sair por aí espalhando minha propria culpabilidade, é do meu senso de autocrítica, que tem aumentado muitissimo. Cada frase que escrevo, cada texto, nunca é bom. Nunca chega no ponto indicado para ser lido por olhos alheios. E em parte a vida também tem culpa. A vida mesmo, em toda sua complexidade e imensidão. Se não fosse ela, eu não estaria aqui, neste monólogo. Essa tal de vida que se aliou ao destino e juntos decidiram brincar um pouco com os meus nervos, revirando minha rotina e fazendo piada dos meus dias.
Tá, neste ponto dou-lhe o direito de pensar que estou enrolando e criando desculpas esfarrapadas. Mas não estou. É que é meio díficil falar o que aconteceu na real, com todas suas letras. Quero deixar assim, cheio de metaforas, mais poético. A vida, nua e crua, não é sempre tão bela. Posso dizer que nos últimos doze meses, tudo mudou. Tudo. Tive perdas muito grandes, em todos os sentidos. Mudei de endereço, de pensamento, de rotina. E pra quem não sabe, não sou fã de mudanças. Só quero deixar claro que estou disposta a tentar de novo, voltar com o blog. Estive num periodo de recuperação interior e de certa forma tive bloqueio criativo (viu só, termos de escritora
Não sei se vai dar certo, a gente nunca sabe. Mas se minha palavra ainda vale, vou tentar.
Um comentário:
Estamos sofrendo exatamente do mesmo mal :(
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